sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pigmentações Patológicas


Pigmentos são substâncias de origem, composição química e significado biológicos diversos que têm cor própria. No organismo humano há três classes de pigmentos:

1. Melanina

2. Hemoglobina e seus derivados

3. Lipocromos

Pigmentos Endógenos são aqueles produzidos por meio da atividade metabólica das próprias células do próprio organismo.

Pigmentos Exógenos são aqueles que alcançam o interior do organismo por via respiratória, digestiva ou quando inoculados através da pele, vindos já pré formados do meio exterior.


· Pigmentos Endógenos:

Melanina:

A coloração normal da pele,dos pêlos e do olho é devida fundamentalmente à melanina, um pigmento acastanhado que aparece em negro quando mais concentrado. Contribuem, no entanto, para a coloração da pele pigmentos exógenos amarelos, que são os carotenóides e também o tom vermelho dado pela hemoglobina oxigenada nos capilares e a coloração azulada da hemoglobina reduzida nas vênulas da derme.

A coloração da pele humana é relacionada ao número,tamanho, tipo e distribuição de partículas citoplasmáticas pigmentadas, denominados melanossomas, que contêm um biocromo marrom, a melanina.Estas organelas especializadas são produto dos melanócitos, que repousam na membrana basal e projetam seus dendritos dentro da epiderme.Os melanócitos transferem seus produtos, os melanossomas, para dentro dos caratinócitos de tal maneira que eles se distribuem através de toda a epiderme devido ao seu progressivo movimento para a superfície.

É importante saber que nem todos os pigmentos particulados de coloração marrom ou negra em nosso organismo devem ser considerados como melanina como visto na pele. Pigmentação com estas características e designada como neuromelanina, está presente em neurônios do sistema nervoso central (substância negra e lócus caeruleus), nas células da medula da adrenal e em outros componentes do sistema cromafim e também nas próprias células que compreendem o sistema melânico.

Alguns acham que o pigmento visto na substância negra é derivado da adrenalina ou da noradrenalina; outros acreditam que ele é provavelmente o produto de uma via que se inicia na tirosina e termina com a produção de catecolaminas.

Os grânulos de neuromelanina parecem ser formados em lisossomas, umas vez que eles exibem hidroxilases.Catecolaminas derivadas do catecol oxidado e polimerizado seriam depositadas como material elétron-denso sobre matriz de lipofuscina.

As melaninas de coloração marrom a negra são designadas como eumelaninas e são pigmentos com alto peso molecular, estrutura polimérica, insolúvel em quase todos os solventes, resistentes a tratamento químicos, de estrutura química irregular e não inteiramente conhecida. Os pigmentos de coloração amarela ou vermelha vistos nos mamíferos são chamados de feomelaninas e diferem das eumelaninas por serem solúveis em álcalis diluídos. Tanto as eumelaninas como as feomelaninas se formam pela ação da tirosinase.

A melanina da pele tem a função fundamental de proteção. Protege a pele da ação lesiva dos raios solares. Quando os indivíduos se expõem ao sol, os raios ultra violeta lesam primeiramente as células epiteliais da epiderme, produzindo a degeneração de outras, o que cria a necessidade de nova melanina. Há então um estímulo aos melanócitos, que passam a formar mais melanina rapidamente, o que resulta em escurecimento da pele e, consequentemente, maior proteção a exposições posteriores. È bom notar que nestes casos não há hiperplasia, ou seja, não há aumento do número dos melanócitos, mais sim estimulação funcional de melanócitos preexistentes.

Além da influência dos raios ultravioletas, os melanócitos da pele recebem também influência hormonal aparece de maneira extraordinária em certos animais, como o camaleão, que pode mudar de cor rapidamente,fazendo um mimetismo com as cores do meio ambiente.

No homem o efeito não é tão espetacular, mas a hipófise anterior segrega um hormônio que exerce parte importante na regulação da pigmentação cutânea. Este hormônio é muito semelhante, senão igual, à parte da mlécula do ACTH e parece que é produzido juntamente e pelas mesmas células que produzem o ACTH.

Tanto a produção de ACTH como do hormônio estimulador de melanócitos pela hipófise sofre ação repressora por parte dos hormônios da cortical supra renal. Quando um processo patológico causa a destruição das supra renais, aumenta a eliminação do hormônio estimulador de melanócitos pela urina e ocorre progressivo escurecimento da pele, especialmente nas partes expostas ao sol, e também nas junções cutaneomucosas. Estas alterações caracterizam a chamada doença de Addison, em que a insuficiência supra renal crônica ocorre com destruição das supra renais e hiperpigmentação, o que põe em relevo o controle hormonal a que os melanócitos estão submetidos.

Histologicamente, a hiperpigmentação pode ser devida tanto a aumento da melanina nos melanócitos da basal da epiderme, quanto a queda do pigmento na derme e sua posterior fagocitose por macrófagos. Os melanócitos têm a propriedade singular de poder sintetizar tirosinase no seu citoplasma, e esta propriedade permite que os melanócitos possam ser identificados com segurança por meios histoquímicos. Usando-se a DOPA como substrato, a tirosinase é revelada pela formação de melanina e os melanócitos aparecem então bem pigmentados ao microscópio e com seus prolongamentos dendríticos característicos (DOPA-reação). Ao permitir o reconhecidmento histoquímico dos melanócitos, a DOPA-reação permite também separar estas células de outras que podem conter melanina fagocitada, mas que não têm a capacidade de sintetizá-la.

A negatividade da DOPA-reação nos melanócitos dos indivíduos albinos permite também evidenciar que o defeito básico destes indivíduos consiste em que seus melanócitos, por um defeito genético, não contêm tirosinase. É interessante notar que os albinos mostram pigmentação nos núcleos da base do cérebro (substância negra). Isto parece indicar que a melanina neste local não é formada por ação da tirosinase. Admite-se que a neuromelanina contém tirosina, mas é provavelmente sintetizada por outra enzima – a tirosina hidroxilase.

As neoplasias das células produtoras de melanina também podem ser consideradas como distúrbios da pigmentação melânica. Esta neoplasias podem ser benignas (nevos pigmentares) e malignas (melanomas). Os nevos pigmentares aparecem geralmente como pequenas tumorações cutâneas e é interessante observar nestas formações a estreita associação de células pigmentadas com estruturas nervosas. Os melanomas estão entre as neoplasias mais malignas e suas células formam, por vezes, quantidades excessivas de pigmento, o qual pode aparecer na urina (melanúria) ou impregnar difusamente a pele (melanodermia).

Por fim, há alguns distúrbios pigmentares envolvendo substâncias aparentadas com a melanina e que são a melanosis coli, a ocronose e a síndrome de Dubin-Johnson.

A melanosis coli, como o nome indica, é uma condição em que a mucosa do cólon fica com uma pigmentação enegrecida. Isto ocorre geralmente em indivíduos que fazem uso de laxativos devido a problemas de obstipação. O pigmento responsável tem o mesmo aspecto da melanina, mas ocorre no interior de macrófagos na mucosa intestinal e parece estar mais relacionado com a lipofuscina que com a melanina.

A ocronose é uma condição autossômica recessiva que produz um defeito enzimático, com falta de oxidase homogentísica. O ácido homogentísico é um produto intermediário normal do metabolismo da tirosina e fenilalanina. Ao ser formado, ele é logo transformado em ácido malil-acetoacético, por ação da oxidase homogentísico permanece como tal, entra na circulação e é eliminado na urina.

O nome ocronose decorre do fato de o pigmento comunicar uma cor ocre aos tecidos. Especialmente na cartilagem da orelha, pode-se ver por transparência a coloração característica.


Hemoglobina e Derivados:

A hemoglobina é o pigmento que dá a cor vermelha às hemácias, sendo a substância responsável pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos e de gás carbônico dos tecidos para os pulmões. A sua molécula consta de duas partes fundamentais: a globina, uma proteína; e o heme, que possui quatro anéis pirrólicos que contêm ferro.

Hemossiderina - é uma forma de armazenamento do ferro. Trata-se de produto complexo e heterogêneo, insolúvel em água e que contém quantidades variáveis de carboidratos, proteínas,lipídeos e ferro. O ferro está sob a forma trivalente e por isso dá a conhecida reação do azul da Prússia.

A ferratina que se acumula nas células o faz no interior de lisossomas secundários. À medida que aumenta a quantidade de ferratina acumulada, suas moléculas vão se agregando em micelas progressivamente maiores, ao mesmo tempo em que parte de seu componente protéico vai sendo cindido pelas enzimas lisossômicas. Formam-se assim as micelas de hemossiderina, que nada mais são que acúmulos de ferritina cuja proteína foi modificada. Enquanto o ferro contid nas micelas de terrina é lábil facilmente mobilizável, aquele contido nas micelas de hemosiderina é estável e de difícil mobilização.

A ferritina está em equilíbrio com o ferro do plasma. As ligeiras elevações no plasma correspondem ao maior depósito de ferritina e vice-versa.

O ferro alimentar sofre absorção seletiva, isto é, de acordo com as necessidades do organismo. No nível da mucosa intestinal, há uma barreira que impede a penetração excessiva de ferro no organismo. Entretanto, se a quantidade de ferro na dieta é aumentada exageradamente, pode-se dar uma absorção maior que o normal. Assim, a quantidade de ferro no organismo está na dependência de dois fatores: 1) destruição de hemácias; 2) absorção intestinal.

Em doenças com defeitos na eritropoese, principalmente anemias de fundo genético, há solicitação para maior absorção de ferro e este acaba não sendo utilizado, formando-se círcul visioso, com excessiva acumulação de ferro no organismo inicialmente como ferritina, mas logo depois como hemossiderina. Este é, portanto, um pigmento que denuncia a excessiva acumulação de ferro nos tecidos. Esta excessiva acumulação é chamada de siderose ou hemossiderose.

Quando a maior absorção de ferro ocorre pela presença de excesso de ferro na dieta há, usualmente, depósitos de hemossiderina nos epatócitos, sem outras alterações histológicas hepáticas. Todavia, em alcoólatras que tomam vinho com teor excessivo de ferro e em bantoss sul africanos que ingerem excesso de ferro com os alimentos pode aparecer cirrose hepática e forte pigmentação hemossiderótica. Estes casos são considerados como hemocromatose secundária ou adiquirida.

Pigmento malárico-
os parasitos da malária crescem no interior das hemácias, consomem e alteram a hemoglobina e provocam a rotura da célula vermelha. A hemogrlobina alterada se transforma em pigmento negro que contém ferro numa forma não revelável pela clássica reação do azul da Prússia.

Pigmento esquistossomótico - indistinquível do pigmento malárico nas preparações histológicas comuns, o pigmento esquistossomótico é considerado como de natureza hematínica. Ele é produzido no interior do tudo digestivo do esquistossoma a partir do sangue do hospedeiro. Este sangue é ingerido, alterado e regurgitado intermitentemente pelos vermes adultos.

Bilirrubina – a bilirrubina é outro pigmento que se origina da decomposição da hemoglobina e que vai se constituir no pigmento da bile. A bilirrubina não tem uma função fisiológica conhecida, muito embora tenha sido sugerida para ela uma ação antioxidante. A sua formação é um evento intracelular.

A bilirrubina é excretada pelo hepatócito, juntamente com sais biliares, íons orgânicos e água. Nos ductos biliares há reabsorção de eletrólitos e adição de água, e nos ductos pode haver adição de material mucopolissacáride, o que ocorre em grande parte na bile acumulada na vesícula biliar. A bile é drenada, através das vias biliares extra- hepáticas, para o intestino e aí a bilirrubina é convertida em urobilogênio, sendo eliminada nas fezes, enquanto uma pequena parte volta à circulação. Esta última parte é eliminada na urina como urobilina, enquanto uma fração é reaproveitada como bilirrubina pelo hepatócito, o que cria um ciclo êntero hepático no metabolismo da bilirrubina.

Nos distúrbios envolvendo o metabolismo da bilirrubina, o pigmento amarelado pode impregnar a pele e os tecidos,dando lugar ao aparecimento de icterícia. Colestase designa uma falha da secreção da bile que se acompanha de acúmulo no sangue dês substâncias normalmente excretadas através da bile como, além da bilirrubina, sais biliares e colesterol. Portanto, frequêntemente, a icterícia e a colestase são concomitantes.As alterações do metabolismo da bilirrubina podem ocorrer na dependência de 4 mecanismos gerais.

1) Excessiva formação de bilirrubina – ocorre quando há hemólise intravascular ou excessiva destruição de hemácias anormais no baço.

2) Dificuldade na conjugação da bilirrubina- a ação deste fator, isoladamente, aparece de maneira bem evidente na chamada doença de Criggler-Najjar tipo 1, em que a criança nasce com defeito genético, não possuindo glicoronil transferase nos seus hepatócitos. Esta doença é fatal porque a bilirrubina não conjugada, em elevada concentração no plasma, acaba impregnando os núcleos da base cerebral de crianças, que ainda não formaram a barreira pioglial, provocando a sua morte.

3) Dificuldade da célula hepática lesada em executar o metabolismo da bilirrubina- a célula hepática capta, conjuga e excreta a bilirrubina. Todas estas atividades representam funções metabólicaas ativas, com consumo de energia, transporte através de membranas, reações químicas, consumo de oxigênio, etc. As doenças difusas dos hepatócitos se acompanham geralmente de colestase e icterícia.

4) Dificuldade de excreção da bile – uma obstrução do fluxo biliar, seja dentro dos p´roprios lóbulos hepáticos, seja nos ducts mais calibrosos intra ou extra hepáticos faz com que a bile fique retida no fígado e haja profunda elevação no plasma da bilirrubina já conjugada. A bilirrubina conjugada é excretada na urina e no suor, manchando as roupas dos paciente.


· Pigmentos Exógenos

Antraconose:


Dos pigmentos exógenos, o mais freqüente é o carvão. Presente como poluidor do ar atmosférico, principalmente nas cidades, o carvão é inspirado sob a forma de pequeníssimas partículas e atinge os alvéolos pulmonares. A maior parte do carvão inspirado é retido ao longo da árvore respiratória pelo muco e expelido pelos movimentos ciliares e tosse.

O processo, conhecido como antraconose, não causa qualquer alteração, não sendo responsável por fibrose pulmonar. Também não parece ser fator predisponente a qualquer doença pulmonar. Porém, quando se associa ao hábito de fumar cigarros, agrava os efeitos nocivos do fumo sobre os pulmões.


Siderose:

Nos mineiros que trabalham em minas de minério de ferro, pequenas partículas ferruginosas podem ser inaladas do ar atmosférico, e um processo em tudo semelhante à antraconose costuma aparecer. Na siderose pulmonar dos mineiros, em vez de enegrecidos, os pulmões tomam uma tonalidade ferruginosa. Frequentemente há sideroantraconose. A siderose, assim como a antracose, não provoca maiores transtornos.


Medicamentos:

Dos pigmentos ingeridos, a maior parte pertence à classe dos medicamentos. Está se tornando freqüente o encontro de pigmentação amarelada dos hepatócitos em indivíduos em prolongado uso de analgésicos, como a fenacetina.


Chumbo:

Também na intoxicação pelo chumbo pode-se formar uma linha azul característica ao redor das gengivas, devido à deposição de albuminato de chumbo e sua posterior reação com produtos sulfurados derivados dos alimentos.


Tatuagens:

A tatuagem é uma forma de pigmentação exógena localizada da pele. Os pigmentos inoculados são fagocitados por macrófagos cutâneos, nos quais residem pelo resto da vida das pessoas adornadas. Os pigmentos geralmente não suscitam nenhuma resposta inflamatória

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Apoptose



Os modernos conhecimentos da biologia celular têm revelado a cada dia que a morte celular programada e seus indutores e inibidores podem ser a chave para a compreensão de muitas patologias. Sua causa é intrínseca à célula e não depende de alterações do meio ambiente.

A apoptose é um tipo de morte celular que possui importante papel durante o processo de diferenciação, crescimento e desenvolvimento dos tecidos adultos normais e patológicos. Isto de certa forma requer uma cascata de fenômenos bioquímicos e moleculares que acabam por proporcionar um fenótipo celular bastante peculiar, em outras palavras, é um fenômeno espontâneo, como se as células cometessem suicídio, uma vez que sua função não é mais necessária.

Fisiologicamente a apoptose é um dos participantes ativos da homeostase no controle do equilíbrio entre a taxa de proliferação e degeneração com morte das células, ajudando na manutenção do tamanho dos tecidos e órgãos. A perda deste equilíbrio promove o aparecimento de lesões proliferativas e degenerativas.

A apoptose começa com a condensação do núcleo e do citoplasma, diminuindo o volume celular. Há em seguida fragmentação do núcleo e da célula, com fagocitose total ou parcial da célula apoptótica por uma célula adjacente ou por um macrófago. Existem nestas condições alterações de membrana celular que permitem o reconhecimento da célula necrótica por célula fagocíticas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sífilis


A palavra Sifilis significa amor imundo .

Si ( em latim) = porco

Filis (do inglês Fill) = sentir

Recebeu esse nome pois percebeu-se uma grande incidência da doença em mulheres casadas que nunca haviam traído seus maridos. Eles contraiam a doença com outras pessoas e infectavam suas parceiras.

A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema Pallidum. Ela pode ser transmitida sexualmente ou por transfusão. Demora de 1 à 3 semanas para apresentar sintomas

É dividida em 3 fases básicas:

Fase primária : contaminação; lesão no local de inoculação ( cancro duro; protosifilona)

Fase secundária: 4 à 8 semanas ou até 6 meses após a infecção. O treponema saiu dalí e foi para o sangue. Quando isso acontece há aumento de linfonodos, exantemas (manchas)

Após a segunda fase, pode ou não existir um período de latência.

Fase terciária: O treponema vai para o sistema nervoso ( neurosífilis)

A fase mais fácil para diagnosticar através do exame de sangue é a secundária.

Na fase terciária o exame deve ser feito no liquor.

Diagnóstico:

1º: Provas não treponêmicas : VDRL – Pesquisa laboratorial de doenças venéreas ( pesquisa anticorpo Anti-cardiolipina)

OBS: o VDRL pode dar positivo em qualquer doença com destruição celular

2º: Provas treponêmicas: TPHA – ( pesquisa anticorpo Anti-treponema) se tiver sífilis os anticorpos vão se ligar e gerar aglutinação.

· Se a primeira der negativa e a segunda positiva, o paciente já teve sífilis

· Deve-se tomar cuidado com o efeito prozona (quando o paciente têm excesso de anticorpo e da um falso resultado. Quando isso acontece, se dilui o sangue e repete o exame)